sexta-feira, 23 de março de 2012


I
Uma reunião de antigos companheiros do quarto ano de escolaridade era a responsável pela minha presença ali. Esperava-me mais um jantar chato... mas não podia deixar de comparecer, o meu amigo Pedro não merecia.
Estacionei o carro no parque do hotel. Sim que estes jantares tinham direito a dormida, já que só tinham hora de início...
No hall vi a placa que indicava a sala de reunião.
Fiz o registo e entreguei a mala e caminhei para a sala.
Entrei e olhei em redor. As mesmas caras de sempre. Esta era já a sexta reunião. Acenei ao Pedro e dirigi-me ao bar que tinha sido montado no espaço.
- Um martini bianco sem azeitona e com duas pedras de gelo.
Agarrei na bebida e deambulei pela sala cumprimentando os participantes de sempre. Geralmente ficava-me pelo “olá, estás bom? A tua esposa?” e depois da resposta que desejava ser sempre rápida continuava em passo apressado até conseguir descobrir um canto qualquer onde pudesse permanecer até ao jantar e depois deste, tinha por costume despedir-me do Pedro e abalar.
Procurei o meu refúgio e sentei-me a recordar alguns momentos desse quarto ano. Foi nesse ano que tive o primeiro namoro e dei o primeiro beijo. Curiosamente a Rita não costumava vir a estes encontros. Aliás nunca mais a vi. Ela ao terminar o quarto ano tinha mudado de cidade. O que seria feito dela? Por onde andariam aqueles olhos verdes?
- Tenho uma novidade para ti amigo! Sabes quem vem a este encontro? A Rita, a tua Rita.
- Estás a brincar! Nunca veio.
- Toma atenção que deve estar a chegar.
Levantei-me e fui até à entrada. Estava curioso.
Teria passado meia hora se tanto e eis que vejo entrar uma mulher alta, elegantemente bem vestida e com o cabelo a cair sobre os ombros. O vestido deixava antever um corpo bem delineado.  Não me lembrava daquele rosto e eis que escuto atrás de mim a voz do Pedro:
- Olá Rita, sê bem-vinda.
- Olá Pedro, como estás?
Rita!? Era ela, que mulher fantástica... Devo ter ficado com uma cara patética já que ela se virou para mim e disse:
-Então João não cumprimentas a tua primeira namorada?
Mas as palavras pareceram-me muito distantes. Os meus olhos estavam fixos naqueles olhos verdes que me tinham enfeitiçado enquanto menino e continuavam a enfeitiçar enquanto homem.
- Desculpa não te imaginava aqui. Não costumas vir. E para te dizer a verdade não reconheci a Rita que foi a minha primeira namorada. Tirando o verde dos olhos e as sardas tudo em ti está diferente. Queres  uma bebida?
Ela aceitou e lá foram conversando da vida. Ela, porque agora só e ele porque sempre só.
A conversa decorria animada e João bem via que os outros estavam roídos de inveja por ela estar só a conversar com ele.
- O jantar vai ser servido. Os lugares têm o nome indicado. O Pedro mais uma vez a assumir-se como organizador total do evento.
Curiosamente o lugar da Rita era ao lado do João. Aquele Pedro...
Todos sentados e inicia-se o jantar. Conversa banal. Alguns olhares de soslaio. Ela era mesmo demasiadamente atraente. Dei por mim a imaginar a disposição das sardas no seu corpo. Apetecia-me contá-las uma a uma.
- Já as tinha antigamente – diz a Rita num tom sério e com os olhos dirigidos ao prato.
Fiquei estarrecido.
- Se visses a tua cara assustavas-te. Não era assim antigamente, mudaste muito.
Não conseguia articular palavra. As conversas iam ficando cruzadas, mas eu nem era capaz de responder e quando respondia eram monossílabos.
- Acho bem que vás molhar o rosto ou mesmo apanhar ar, estás com péssimo aspecto. Talvez seja melhor ires até lá fora apanhar ar.
Realmente eu não estava bem. Levantei-me e dirigi-me ao terraço do hotel que dava para um soberbo jardim, mas antes de sair ainda escutei “acho que é uma indisposição qualquer, eu vou lá Pedro”.
E de repente aí estou eu sentado na relva a olhar fixamente o infinito...
- Estás bem?
Aquela voz era música celestial para mim.
- Posso sentar-me ao teu lado? O que se passou, de repente ficaste estranho.
- Não consigo explicar, acho que foi uma ligeira indisposição e nada mais, já estou bem. Não te preocupes.
Mas ali estava ela sentada ao seu lado. Um gesto banal levou a que a perna dela tocasse na dele e ele tremeu. Um ligeiro arrepio atravessou todo o seu corpo, coisa que ela notou de imediato.
- Tu não estás nada bem...  Colocou a mão na testa dele na procura de febre.
- Estou quente mas não tenho febre.
Mas ele agarrou na mão dela e levou-a aos lábios. Beijou cada um dos dedos, a palma da mão...
O primeiro impulso dela foi de retirar, mas de repente deixou estar...
João empurrou-a delicadamente e deitou-a na relva e num repente colocou-se ao seu lado e puxando-a para si beijou-a sôfrega e demoradamente. A boca dela entreabriu-se lentamente e as suas línguas iniciaram um bailado louco. A mão dela passava pelos cabelos dele. Por sua vez ele colocou a mão nas coxas dela. Firmes, delicadamente firmes. Sentiu os bicos dos seios dela no seu corpo. Desejou possuí-la ali mesmo na relva macia e fresca. Queria que aquele corpo fosse seu.
- Louco. Calma. O que te deu?
- Desejo-te tanto. Quero-te minha. A tua boca, os teus seios, o teus sexo... tudo em ti resplandece.
- Doido. Não consigo perceber, eu deveria afastar-te, mas não sou capaz. Nós temos direito a quarto? Anda lá.
E como se os dois tivessem uma mola, levantaram-se de imediato e ajustaram a roupa e dirigiram-se à entrada, pediram as chaves e subiram.
- No teu ou no meu?
- Vamos para o meu sempre sou eu que estou “doentinho”.
A gargalhada foi simultânea.
- Mas passamos pelo meu para eu levar o meu saco.
- Tudo bem.
- É o meu.
- E também o meu.
- 205.
- 207.
Uma nova gargalhada pairou no ar.
Entraram no quarto e ele agarrou nela e encostou-a à porta que se fechou no imediato. Os beijos eram depositados, trocados, suados... As línguas enredavam-se num bailado louco ora uma com a outra, ora passeando no rosto, pescoço, cabelos, ombros.
Eis que ele a levanta e ela cruza as pernas na cintura dele e assim caminham para o quarto.
Deitou-a delicadamente na cama e começou a despi-la. O vestido foi sendo enrolado e em cada momento que subia revelava um corpo adulto, firme com múltiplas sardas. A lingerie, preta, deixava antever um sexo perfeito com dois lábios bem acentuados. O umbigo era perfeito e os seios... os seios deliciosamente bem delineados, firmes, com bicos bem torneados e umas aureolas surpreendentemente belas.
Comecei por beijar os seus olhos, o nariz, os lábios, as orelhas e parei naqueles seios deliciosos. E aqui, demoradamente, brinquei com aqueles mamilos. Com a ponta da língua torneava-os e com os lábios sugava-os enquanto os ia mordiscando levemente, muito levemente. Senti que os suspiros se tinham apoderado dela. E cada avanço meu provocava um frémito naquele corpo delicioso. Continuei e parei no umbigo, onde fiz um bailado com a língua naque pequeno orifício. Depressa atingi a langerie. Os beijos que depositei no tecido permitiam descobrir um pequeno traço de pelos púbicos. Deixei a langerie e humedecendo o dedo nos lábios dela passei-o pelos lábios vaginais e ela soltou um grito rouco, profundo, denunciador de uma tesão imensa.
Olho para o pescoço dela e tenho uma ideia louca.
- Deixa-me tirar-te o fio.
- Deixa estar o fio, não pares, quero ser tua, inteiramente tua.
- E vais ser.
Tirei o fio e tirei a pena que nele estava pendurado.
Comecei a passa-la pelos lábios e de seguida descrevi um caminho que só parou nos seios. E aqui lenta e demoradamente fui passado pelos mamilos, pelas aureolas...
- Pára, pára, pára... não aguento mais...
E a respiração começou numa cadência desordenada e eu coloquei dois dedos dentro do seu sexo já húmido e no preciso momento da introdução sinto um torpor e percebo que um líquido viscoso e quente escorria até à minha mão.
Aquele era o primeiro orgasmo de uma noite que se queria repleta deles.  

II
Pensei que ela quisesse descansar, mas pensei erradamente. Puxou-me e beijou-me demoradamente e eis que num rompante rodopia e eu fico deitado na cama.
E foi a vez dela me despir. Lentamente os botões da camisa iam sendo abertos e em cada espaço do meu corpo que ia ficando desnudado ela ia depositando um beijo.
Era a vez das calças. Quando começou a puxar foi aparecendo uma enorme protuberância, tapada com dificuldade por um sleep que teimava em querer rebentar. As calças saíram por completo. De imediato sinto a língua dela no meu peito, a brincar com os meus pelos e com os meus mamilos. E foi descendo, passou ao lado do meu umbigo e com os dentes puxou a última peça de roupa que me restava.
O meu pénis tinha saltado como uma mola e mantinha uma erecção que me provocava dores. Fechei os olhos e no imediato sinto-o abocanhado por uns lábios macios e ser sugado. A língua dela encetou um bailado fantástico e tanto tilintava a glande, como percorria a minha haste em todo o seu comprimento. O prazer era mais que muito e eu continuava de olhos cerrados. Mas enquanto tudo isto algo de maravilhoso estava a acontecer. Queria imaginar, mas não conseguia. De repente parou... mas eis que retomou no meu umbigo. Abri os olhos... era a pena que deambulava pelo meu pénis, desde a base até à glande. Não consegui articular palavra tamanho era o prazer.
Sinto que ela acaba de se sentar em mim e que o meu sexo é como que sugado por uma bomba completamente molhada. Estava dentro dela. Sentia-lhe o calor e o quanto estava húmida.
- Está quieto, deixa que seja eu que comande a penetração.
E em movimentos ora lentos, ora mais rápidos aqueles lábios vaginais iam subindo e descendo ao longo do meu pénis. Simplesmente maravilhoso. Eu não iria conseguir aguentar muito mais tempo. A explosão podia acontecer a qualquer minuto, segundo, milésima... que importa o tempo...
Mas não estaria só. O corpo dela ameaçava quase se desconjuntar tal era a movimentação, o ritmo, o desejo, a paixão, a tesão...
A Rita era uma mulher surpreendente...
- Não aguento maissssssssssssss...................
- Eu também nãooooooooooooooooooooooo..........
Bummmmmmmmmmmmmm
Era como se tivesse rebentado todo o fogo de artifício do mundo, repleto de estrelas de mil cores...
Não queria dar-lhe tréguas. Sentia que tínhamos muito ainda para desenhar. A tela não chegara ainda ao meio.
Ela levantou-se e foi à casa de banho e eu liguei para a recepção a pedir que me enviassem uma garrafa de vinho branco alentejano e morangos.
A entrega foi rápida, mal tínhamos tido tempo de ficarmos semi-decentes.
Servi o vinho que estava deliciosamente fresco e de novo despidos decidimos comemorar aquele reencontro.
Mas o desejo de continuarmos estava patente no nosso olhar. As palavras, ainda que de circunstância estavam a mais.
Não resisti, aquela “tirinha” deixava-me louco. Delicadamente deitei-a e com uma pedra de gelo, que retirei do balde onde repousava a garrafa de vinho, fui passando por aquele corpo que tinha à minha frente. Desde os seios firmes até ao sexo rosado, não descurando aquele ventre liso, nada foi descurado, nada ficou para trás. Depois agarrei num morango e percorri todos os caminhos feitos anteriormente até o depositar entre aqueles lábios vaginais. O corpo dela ia estremecendo. Agarrei noutro morango e repeti a viagem. E também este ficou depositado ao lado do anterior. Entretanto as mãos dela tinham agarrado a carne da minha perna e eu percebi, pela pressão que estava a fazer, que estava num auge de excitação.
Debrucei-me sobre ela e comecei a deambular por aquele corpo de língua em riste até que cheguei ao monte vénus. Parei e olhei os olhos dela... e senti que estavam longe, muito longe mesmo. Olhei para os morangos que permaneciam imutáveis... E eis que enfio a língua entre aqueles lábios deliciosos e num repente colho um morango... levantei-me de morango na boca e dei-lhe um beijo ao mesmo tempo que lhe oferecia o morango...
Voltei ao sexo dela e de novo com a minha língua visitei demoradamente aquele sexo, num vai e vem louco e retirei o último morango que agora degluti.
Pela garganta escorria-me o sabor dela misturado com o sabor ligeiramente acre do morango. Investi de novo sobre aquele sexo que ali se me oferecia e senti as mãos dela a fazerem pressão na minha cabeça. Os movimentos aumentaram de intensidade e a pressão também. Um gemido longo indiciou que o clímax estava para breve... para breve não, para aquele exacto momento.
Sem articular qualquer palavra deitámo-nos a par como que desejando que todos aqueles odores e secreções permanecessem para sempre colados a nós.
Permanecemos assim durante algum tempo, até que o silêncio foi quebrado.
- Vamos tomar banho – perguntei?
- Excelente ideia.
Depois do banho retemperador decidiram abalar, não sem antes trocarem números de telemóvel e prometerem brevemente estariam juntos de novo.

e enquanto leem
http://www.youtube.com/watch?v=cu7Ydukk6Bk&feature=related

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