quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


A noite estava quente e  eu esperava-te na minha cama. Chegaste de mansinho. O teu corpo sem roupa encostou-se  ao meu corpo nu, e sem tabus, num bailado frenético de mãos, bocas, sexos fizemos amor, soltando sucos que outros não compreenderiam.
Quiseste prolongar o que de nós provinha, mas era impossível fazer parar o tempo. Cada minuto, cada segundo esventrava o nosso desejo e transformava-nos em animais possuídos de uma raiva incontida.  E a explosão aconteceu, descontrolada, como convém numa guerra não de morte, mas de vida, de amor e de prazer.
Agora sim apetecia parar o tempo. Queria contemplar-te na quietude da refrega.
Mas tu avançaste contra mim, e de novo, numa querra sem quartel, recomeçamos.
E sim, de novo fomos felizes ao som dos nossos gemidos.


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