Deitada de costas, olhava fixamente o tecto do quarto daquela pensão barata. Afinal que interessava o tecto, as paredes, o chão, a cama, fosse o que fosse...
A única coisa que desejava era a chegada dele. Demoraria?
O desejo era tão grande que só iniciaria a vida depois de ele entrar no quarto. Até lá queria ficar fechada para o mundo, desejando que os ponteiros que marcavam o tempo ganhassem vida própria e partissem à desfilada...
O fogo consumia-lhe as entranhas. Desejava tê-lo dentro dela para poder apaziguar as chamas ardentes que a consumiam.
O barulho da chave a entrar na fechadura fez subir ainda mais a temperatura.
- Estava a desesperar
- O trânsito está infernal.
Sentou-se na cama ao meu lado. Todo ele exalava desejo.
- Porque esperas?!
- Tenho uma proposta a fazer-te: hoje não há pénis, quero tão só viajar pelo teu corpo com a língua e com os meus dedos.
Mal tinha terminado, puxei-o e chupei a sua língua.
A excitação era tanta que não aguentei mais: fiquei completamente molhada.
Ele despiu-se e ajoelhou-se na cama.
Lentamente fez descer o seu rosto sobre o meu. A meio do caminho a sua língua apontou à direcção da minha orelha e como se de um ataque “kamikase” se tratasse penetrou-a.
Senti que todo o meu corpo se estremecia, como se tivesse sido atravessado por uma qualquer descarga eléctrica. A sua língua continuava a penetrar a minha orelha e só parava quando os dentes iniciavam um bailado no lóbulo. A cada mordiscadela a minha garganta deixava que se soltasse um grito rouco, abafado.
Mas nem só os seus dentes e a sua língua tinham encontro certo com o meu corpo.
As mãos cumpriam um bailado por entre os meus seios.
Mas eis que a língua dele parte à descoberta de novos espaços.
Parou nos seios. Um após outro foram lambidos, sugados, os bicos mordiscados...
O meu sémen continuava a jorrar em catadupa pelo meu sexo... Os dedos penetravam a minha vagina.
Eis que a língua percorre uma linha recta até minha púbis. Vagarosamente... muito vagarosamente.
Num repente, contrastando com a lentidão anterior os seus lábios cairam sobre o meu clitóris sugando-o avidamente.
O meu corpo arqueou-se de tanto prazer... o sémen continuava como se nascesse numa qualquer fonte inesgotável...
Eis que num momento a sua língua se transformou em pénis e penetrou-me uma vez, outra vez, dezenas de vezes. Centenas não sei. Desfaleci de prazer.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Procurei-te no firmamento
nas estrelas,
na aurora boreal
queria ter-te
antes do dia nascer
Tenho ciúmes da luz...
Preciso de ti
Junto a mim
Quero partir para lá do horizonte
Lá onde o espaço sideral se mistura com o mar
Criando ondas de espuma
Numa qualquer praia deserta
Onde os nossos corpos se depositam
Na procura de um prazer absoluto.
Tenho ciúmes da espuma
Tenho ciúmes de ti...
nas estrelas,
na aurora boreal
queria ter-te
antes do dia nascer
Tenho ciúmes da luz...
Preciso de ti
Junto a mim
Quero partir para lá do horizonte
Lá onde o espaço sideral se mistura com o mar
Criando ondas de espuma
Numa qualquer praia deserta
Onde os nossos corpos se depositam
Na procura de um prazer absoluto.
Tenho ciúmes da espuma
Tenho ciúmes de ti...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Deito o meu rosto
No teu colo nu.
Percorro a tua púbis
sugando o sexo
que nela se esconde.
O teu tremer...
O meu tremer...
Unem-se fluídos
Contraem-se corpos
Na paixão louca
De um querer ardente.
Enebriam-me os odores do teu sexo húmido
De prazer
De paixão
De tesão.
Deito o meu rosto
No teu colo nu e fico teu
Eternamente.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Desejo-te
Oh como te desejo
O teu sémen
O meu sémen
Tudo numa mistura aleatória
De um espaço sem limites
O teu corpo
O meu corpo
Num andamento ritmado
Lábios que se colam
Línguas que se fundem
Sexos que se penetram
Numa dança sem compasso
Mas com ritmo
Com ardor
Com paixão
E desejo-te tanto...
Oh como te desejo
O teu sémen
O meu sémen
Tudo numa mistura aleatória
De um espaço sem limites
O teu corpo
O meu corpo
Num andamento ritmado
Lábios que se colam
Línguas que se fundem
Sexos que se penetram
Numa dança sem compasso
Mas com ritmo
Com ardor
Com paixão
E desejo-te tanto...
Pois é, na verdade todos somos portadores de um outro eu. Daquele que tantas vezes queremos esconder mas que tanto desejamos mostrar.
Contraditório? Nada disso, apenas realidade.
E a realidade também se dá a conhecer com palavras com ou sem rima. Palavras apenas...
Contraditório? Nada disso, apenas realidade.
E a realidade também se dá a conhecer com palavras com ou sem rima. Palavras apenas...
Subscrever:
Mensagens (Atom)