quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Deitada de costas, olhava fixamente o tecto do quarto daquela pensão barata. Afinal que interessava o tecto, as paredes, o chão, a cama, fosse o que fosse...
A única coisa que desejava era a chegada dele. Demoraria?
O desejo era tão grande que só iniciaria a vida depois de ele entrar no quarto. Até lá queria ficar fechada para o mundo, desejando que os ponteiros que marcavam o tempo ganhassem vida própria e partissem à desfilada...
O fogo consumia-lhe as entranhas. Desejava tê-lo dentro dela para poder apaziguar as chamas ardentes que a consumiam.
O barulho da chave a entrar na fechadura fez subir ainda mais a temperatura.
- Estava a desesperar
- O trânsito está infernal.
Sentou-se na cama ao meu lado. Todo ele exalava desejo.
- Porque esperas?!
- Tenho uma proposta a fazer-te: hoje não há pénis, quero tão só viajar pelo teu corpo com a língua e com os meus dedos.
Mal tinha terminado, puxei-o e chupei a sua língua.
A excitação era tanta que não aguentei mais: fiquei completamente molhada.
Ele despiu-se e ajoelhou-se na cama.
Lentamente fez descer o seu rosto sobre o meu. A meio do caminho a sua língua apontou à direcção da minha orelha e como se de um ataque “kamikase” se tratasse penetrou-a.
Senti que todo o meu corpo se estremecia, como se tivesse sido atravessado por uma qualquer descarga eléctrica. A sua língua continuava a penetrar a minha orelha e só parava quando os dentes iniciavam um bailado no lóbulo. A cada mordiscadela a minha garganta deixava que se soltasse um grito rouco, abafado.
Mas nem só os seus dentes e a sua língua tinham encontro certo com o meu corpo.
As mãos cumpriam um bailado por entre os meus seios.
Mas eis que a língua dele parte à descoberta de novos espaços.
Parou nos seios. Um após outro foram lambidos, sugados, os bicos mordiscados...
O meu sémen continuava a jorrar em catadupa pelo meu sexo... Os dedos penetravam a minha vagina.
Eis que a língua percorre uma linha recta até minha púbis. Vagarosamente... muito vagarosamente.
Num repente, contrastando com a lentidão anterior os seus lábios cairam sobre o meu clitóris sugando-o avidamente.
O meu corpo arqueou-se de tanto prazer... o sémen continuava como se nascesse numa qualquer fonte inesgotável...
Eis que num momento a sua língua se transformou em pénis e penetrou-me uma vez, outra vez, dezenas de vezes. Centenas não sei. Desfaleci de prazer.

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