quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma noite

Quis o destino que o hotel onde me encontrava possuísse o único bar digno desse nome na cidade.
Hoje, desci e sentei-me numa mesa onde pontuavam já mais dois clientes. Meti conversa com eles atabalhoadamente. Algo me dizia que iria ter uma surpresa, qual não sei.
Alguns minutos depois, confirmei a surpresa. Ela acabava de entrar.
Não era a primeira vez que nos víamos. No dia anterior, e por um espaço fugaz, tinhamos trocado olhares. Ela era absolutamente bela e com um corpo fantástico que não fazia juz à idade que aparentava ter. Sim, entre os 45 e os 50, mas com um corpo de 30 talvez menos até, um corpo de menina/mulher e um olhar de deusa...
Tal como ontem, estava resplandecente. Umas botas altas, com as calças dentro das botas e um blusão esverdeado que deixava antever um lenço liso e uma camisa beje. Ela, o conjunto, tudo nela era fantástico. Sentou-se ao balcão e ali ficou a olhar para o canto onde um pianista debitava sons de uns tempos muito idos.
De quando em vez percorria a sala com o olhar como se quisesse ver algo mais.
Numa dessas voltas o nosso olhar cruzou-se e demorou-se.
Estás enganado por certo... não pode ser. Será?
Aqueles olhos... aqueles olhos.
Levantei-me. Algo me dizia que deveria dirigir-me ao balcão. Dei um até já aos meus colegas de mesa e... fui.
Aquele banco livre ao lado dela era de importância capital.
Boa noite. Uma cuba livre por favor. O empregado olhou e acenou com a cabeça em sinal de assentimento.
Faz-me companhia? O que está a beber?
Ela olhou para mim e esticou o dedo a mostrar a aliança de casada.
Questionei se a aliança que usava a impediria de aceitar um convite.
Não respondeu, mas levantou-se e disse numa voz melodiosa que estaria a porta do bar daqui a meia hora.
Pedi a conta, minha e dela, paguei, acenei uma despedida a quem tinha ficado na mesa saí e fui ao quarto.

Dei um jeito, espalhei perfume e deixei cair água pelo corpo.
Desci e esperei no hall.
Meia hora certinha e aí estava ela deslumbrante. Passou por mim e dirigiu-se para o elevador. Dei uma volta e fui também.
Entrámos e eu, num repente, carreguei no botão para fechar a porta e quando esta fechou agarrei-a e beijei-a louca e intensamente
Quando chegámos ao quarto liguei para a redacção e pedi champanhe. Queria que aquela noite fosse memorável.
Senti que o seu desejo era grande, mas eu queria esperar pela bebida. Alguém como ela merecia o melhor: uma noite louca regada com o melhor champanhe.
Enquanto esperava avancei para o corpo dela explorando-o com as mãos por cima da roupa.
Fui retirando peça a peça e cada poro que eu descobria mostrava um corpo ainda mais belo do que tinha imaginado. Uma pele de veludo, uma penugem loura muito pouco perceptível, uma deusa ainda mais deusa...
O champanhe chegou, e nós começamos a beber e a conversar banalidades tão forte era o desejo que sentíamos.
Não queríamos esperar mais. Sentei-a no sofá puxei o corpo dela para perto do meu, e ainda sentado comecei a beijar-lhe as mãos, chupando os dedos, depois subi até aos seios... beijei, chupei e mordi, ao mesmo tempo que as minhas mãos tocavam o seu sexo já molhado e de seguida chupava os meus próprios dedos para lhe mostrar o prazer que eu sentia em conhecer o seu gosto. Beijei-a sofregamente na  boca, e sem que os nossos lábios descolassem sentei-a no seu colo e fiz com que sentisse o meu sexo duro por baixo das calças.
Levantei-me e puxei-a também e comecei a verter lentamente a taça de champanhe no corpo dela, na sua boca, e deixando que ele escorresse pelo resto corpo, e com a minha língua ia lambendo e chupando.

Ajoelhei-me à sua frente e coloquei  uma das pernas dela no sofá, e iniciei um bailado de beijos na parte interna das coxas, subindo até encontrar o seu sexo que estava tão molhado como se tivesse apanhado um dilúvio. Lambi tanto que os seus olhos flamejavam prazer.
Mas o prazer também era meu. Quis tanto fazer o que lhe estava a fazer...
Sentei-a no sofá, levantei-lhe uma perna e chupei-a e  os meus dedos tocaram tanta vez o seu clitóris até ela atingir o orgasmo...
Não lhe dei tempo para se recompor, levei-a para a  cama e comece de novo a beijar o seu corpo todo... enquanto com os dedos a masturbava e sem tirar os olhos dos seus, mostrava-lhe os dedos molhados que enfiava na minha boca, na dela, enquanto a beijava, mordia...
Não resisti e introduzi o meu pénis naquela vagina rodeada de cabelos louros acastanhados, primeiro devagar, depois com força... sem nunca parar de a beijar e sussurrar ao ouvido. Entretanto retirei o pénis e esfreguei o clitóris, os lábios daquele sexo maravilhoso daquela menina/mulher e ela deu-me todo o seu sémen e eu dei-lhe o meu numa troca de loucura e êxtase.
Voltamos de novo ao champanhe, à conversa, aos beijos...

Agora foi ela que começou a chupar-me como se me quisesse premiar pelo prazer que lhe tinha dado. O meu pénis foi vistoriado pela língua dela em cada centímetro. Senti-me alucinar... que loucura... tinha entrado no paraíso. Mas ela não queria ficar por ali e sentou-se no meu sexo e em movimentos ora loucos ora lentos fez-me explodir de novo...
Fomos tomar banho...e eu fiz amor de novo com ela ajoelhada dentro da banheira, enquanto lhe segurava o cabelo molhado, mordia as costas, o pescoço..
Conversamos muito... ela é uma mulher incrível...
Fizemos amor de novo na cama. O dia estava a nascer... tomamos o café da manhã e ela foi para o chuveiro tomar o último banho antes de partir... era o tempo do regresso.



mas também é tempo de escutar http://www.youtube.com/watch?v=SuVDxJ6kQg4&feature=related


1 comentário:

  1. Uma noite intensa de prazer em que a química é física de movimentos e sabores sempre novos.
    Mas sempre dolorosos os momentos de despedida.
    Mesmo que se regresse com o sabor do outro.
    Belíssimo e envolvente texto.
    Parabéns.
    Bj de champagne

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