terça-feira, 28 de junho de 2022

o dia amanhecera de semblante tristonho...
não fosse a promessa de uma visita e de certeza que ficaria a aboborar pelo sofá.
assim preparei-me e desci à piscina para dar umas braçadas antes mesmo do meu café.
o caminho tapado entre a casa e a piscina e o facto de esta ser coberta, permitia-me uma intimidade corporal ,
lancei-me à água. o comprimento não era muito. três vezes e o exercício estava feito. 
agora era o banho e depois o café.
calções, chinelos e leitura do mail. nada de importante.
o dia estava a alegrar. acompanhava a minha disposição. a espera trazia-me ansiedade. tanto tempo desde a última vez que estive ao lado da visita que iria chegar... telefonemas, conversas no WhatsApp e nada mais.
um novo café abafava a minha ansiedade.
a campainha dá sinal de vida...
não seria a visita. essa iria avisar-me quando chegasse à estação e eu iria buscá-la.
talvez os ctt.
fui abrir o portão e, surpresa, ali estava ela
- apanhei um uber, quis surpreender-te,
- conseguiste, respondi eu, estás muito bonita...
a túnica ficava-lhe bem.
o olhar mexia comigo. sempre fora assim...
o desejo consumia-me
entra

queres tomar alguma coisa?
não. quero conhecer a tua nova casa. mostrei-lhe a casa.
no meio da apresentação do meu novo recanto as nossas mãos tocaram-se e de imediato se agarraram. 
havia vontades a comandar as ações.
e num repente puxei-a para mim e beijei-a sofregamente.
aquele beijo tinha anos de espera...
já íamos no jardim
- uma piscina?! gosto
- podes mergulhar.
- achas?
- estás à vontade. ninguém te vê e a entrada para casa também está discreta
entrámos na zona da piscina e de imediato a túnica saiu pela cabeça e a lingerie caiu aos pés.
o corpo era como sempre o tinha imaginado.
os seios redondos, firmes, mamilos espetados numa rosácea cor de carne.
os pelos púbicos deixavam ver uns lábios bem desenhados e...
água.
e de repente o panorama passa a dois glúteos bem desenhados, apetecíveis,,,

- anda ou tens vergonha?
não esperei novo chamamento e lancei-me à água.
quando apareci o riso ecoava...
- vestido?!
nem me tinha lembrado que estava vestido... tirei os calções e mandei-os para a borda da piscina.
mergulhei e aproximei-me daquele corpo que me deixava fora de mim. quantas vezes o tinha imaginado: quantas vezes percorri mentalmente cada centímetro, cada milímetro... e agora estava ali aberto ao meu olhar...
toquei-lhe lentamente nas pernas e subi. ficámos frente a frente. os seios ali estavam a deixar que eu os olhasse. os mamilos como que pediam um toque.
a minha unha raspou neles lentamente, cresceram, ficaram ainda mais duros. o meu dedo passou pelos lábios.
pressenti que queríamos um beijo. queríamos que as nossas línguas se conhecessem, se enroscassem...
colámo-nos num beijo longo, intenso, vibrante, um beijo que representava o desejo reprimido durante anosas minhas mãos desceram pelas costas e tocaram os glúteos. puxei-te contra mim, como se não estivéssemos já colados...
queria amar-te, fazer o teu corpo vibrar...
dentro de água, fora de água, o local nada significava, o importante era o amor que estava a acontecer, o desejo que se espalhara nos nossos corpos.
desci o meu corpo e a minha barba arranhou o teu mamilo direito, depois o esquerdo e assim foi saltitando de um para outro até que as tuas mãos se colaram à minha cabeça e a pressionaram a descer.
o teu desejo era uma ordem 
beijei o teu ventre.
rocei a minha barba no teu umbigo e desci mais e beijei.
subi e depois de nos olharmos saímos da piscina.
entramos em casa
deitei-te no sofá e ajoelhei-me ao teu lado e comecei a beijar-te... os cabelos, os olhos, a boca, o pescoço, os teus seios, o teu ventre, o teu sexo demoradamente, as tuas pernas, os teus pés, chupei os teus dedos... e agora era o caminho inverso. parei de novo no teu sexo. afastei os lábios, beijei-o, enterrei-lhe a língua e masturbei-o... 
bebi-te os gemidos e o sémen, quente de desejo.
queria possuir-te, entrar dentro de ti, sentir que o meu sexo era apertado pelo teu, que os movimentos nos iriam fazer explodir ao mesmo tempo
foi com este pensamento em mente que senti as tuas mãos me puxarem e ouvi os teus lábios dizerem
- vem quero ser tua...
e fomos um do outro uma vez, e outra vez...



 




terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

 

é na noite que existo
e guardo as ilusões
que ditam os silêncios…

as bocas colam-se
e marcam território.

há corpos suados
deitados no vermelho das papoilas…

apago o tempo
e digo “quero-te”
na madrugada de todas as noites






quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

 gosto que os meus lábios deixem palavras na tua pele



quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022



e os dias normais
chegam
e partem sem deixar rasto.

fica a poesia feita verdade
e o segredo
da nudez
do olhar.

mão na mão
possuo-te…

é o querer da pele
feito íntimo
que vem do que é único.




quarta-feira, 29 de dezembro de 2021